A Semana da Pátria, celebrada em todo o Brasil, ganha no Amazonas uma dimensão singular. Mais do que um calendário cívico, o período reafirma o sentimento de pertencimento à nação brasileira, ao mesmo tempo em que valoriza os elementos culturais e históricos que compõem a identidade do povo amazonense. As comemorações incluem desfiles cívicos e manifestações culturais que reforçam valores de cidadania, respeito à pátria e preservação da memória regional.
Neste contexto, a Assembleia Raio de Esperança nº 02, juntamente com outras entidades maçônicas e paramaçônicas, marcou presença em dois eventos de grande relevância: a homenagem a João Baptista Figueiredo Tenreiro Aranha, no dia 5 de setembro, e o desfile cívico-militar em comemoração à Independência do Brasil, no dia 7.
Homenagem a Tenreiro Aranha
A solenidade em tributo a Tenreiro Aranha foi realizada no feriado estadual de 5 de setembro — data instituída pela Lei Ordinária de 1º de dezembro de 1977, que celebra a elevação do Amazonas à categoria de província. O evento ocorreu às 6h da manhã, na tradicional Praça da Saudade, em Manaus, sob a condução da Polícia Militar do Amazonas (PMAM).
Durante a cerimônia, foram entoados o Hino Nacional e o Hino do Amazonas, além da colocação de uma coroa de flores no monumento que homenageia Tenreiro Aranha, escritor, político e primeiro presidente da província do Amazonas, que exerceu o cargo entre janeiro e junho de 1852. O ato, carregado de simbolismo, reforçou a importância de preservar a memória de personalidades históricas que contribuíram para a construção do estado.
Desfile Cívico de 7 de Setembro
Já no dia 7, a programação da Semana da Pátria teve continuidade com o tradicional desfile cívico-militar, realizado no Sambódromo de Manaus. A concentração teve início às 7h da manhã, com a participação das potências maçônicas e das ordens paramaçônicas, que se organizaram com apoio de tios e autoridades responsáveis pela logística e acolhimento dos grupos.
Às 8h, o desfile iniciou-se com a entrada das Bandeiras do Brasil e do Amazonas, seguidas pelas representações das potências maçônicas, grandes secretários, veneráveis mestres e demais graus da maçonaria. Logo após, vieram as ordens femininas e juvenis: Estrelas do Oriente, FRAFEM, Acácias, Abelhinhas, Filhas de Jó, Promessinhas, Arco-Íris, Escudeiros, DeMolays e, finalizando, os Cavaleiros.
Presença de Autoridades
Ambos os eventos contaram com a presença de importantes autoridades maçônicas, como o Eminente Grão-Mestre Estadual do GOB-AM, Percival Guerreiro, o Grão-Mestre do GOA, Raimundo Nonato, a Grande Ilustre da Grande Assembleia do Pará, Ana Luiza Sales, o Grande Presidente do Conselho Consultivo da Grande Jurisdição do Pará e Secretário de Paramaçônica do GOB-AM, Tales Renan, a Grande Mãe da Assembleia do Pará, Lorena Borel, o Mestre Conselheiro Estadual, Paulo Henrique, além do Chefe do Estado Maior da Polícia Militar do Amazonas e Oficial Executivo da Grande Assembleia do Pará, Bruno Azevedo, e o representante da GLOMAM, Leonardo Câmara.
A Tradição Maçônica e o Patriotismo
Mas por que a família maçônica participa dos desfiles cívico-militares? A resposta está na própria história do Brasil. Como lembra o artigo “A Maçonaria e a Independência do Brasil”, de Márcio Maciel Bandeira, maçons como Gonçalves Ledo e José Bonifácio tiveram papel decisivo junto ao príncipe regente Dom Pedro no processo que culminou na Proclamação da Independência, em 1822.
Portanto, a presença da maçonaria e das ordens paramaçônicas nos desfiles é uma forma de respeito e continuidade a esse legado histórico, reafirmando o compromisso com a liberdade, a cidadania e a nação brasileira.
O Valor do Patriotismo
Para as meninas da Ordem Internacional do Arco-Íris para Meninas, o patriotismo é mais do que um valor simbólico: trata-se de uma de suas virtudes principais, representada pela cor anil do arco-íris. Participar dessas cerimônias é, portanto, colocar em prática esse princípio, honrando a história do Brasil e demonstrando amor à pátria.
Isadora de Vasconcelos
Equipe de Jornalismo
Assembleia Raio de Esperança n° 02
